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Hoje vamos falar sobre um tema que adoro: como ser empreendedora na área do património.
Se desse lado também é conservadora, conservadora-restauradora, museóloga, arquivista, arqueóloga ou simplesmente apaixonada pelo património e quer mesmo trabalhar nesta área, então continue a ler!
Vamos falar sobre desafios, sobre criar oportunidades quando o mercado de trabalho é instável e sobre como podemos transformar o nosso conhecimento e experiência em algo que nos dê rendimento.
O desafio de trabalhar na área do património
Quem trabalha com coleções ou com património imóvel sabe que esta não é uma área fácil para se arranjar emprego.
Há muito amor pela arte e pelo que é histórico, mas pouco investimento. O acesso a empregos estáveis é limitado, os concursos são poucos e os projetos muitas vezes são temporários.
Se já tentou encontrar trabalho nesta área, de certeza que ouviu coisas tipo:
- “Quase não há emprego nessa área, de certeza que é o que queres?”
- “Isso é muito giro, mas achas que consegues viver disso? Se calhar é só um hobbie!”
É desmotivador, mas felizmente há pessoas que nos apoiam (como foi o caso dos meus pais) e há formas de contornar as dificuldades que existem.
Pode não ser rápido, mas é possível.
Então o que é que se pode fazer quando as oportunidades não aparecem? Podemos criá-las! E hoje em dia temos tantas ferramentas e recursos (muitos deles gratuitos) para fazer o que quisermos!
O início do meu percurso como empreendedora
Falando um pouco da minha experiência, que quem sabe pode servir como inspiração, o meu percurso começou como o de muitos outros profissionais desta área.
Tirei a minha licenciatura em Arqueologia e fiz o meu mestrado e especializei-me na área da Conservação Preventiva. Para terminar o mestrado, fiz um estágio no Victoria & Albert Museum, em Londres.
Ao regressar a Portugal, fiz um estágio profissional no Museu da Cerâmica, na Caldas da Rainha.
Depois, comecei verdadeiramente a tentar entrar no mercado de trabalho. E isto correu como já se previa: fiz imensas candidaturas, fui a muitas entrevistas, provas, etc., e nunca era a escolhida.
A certa altura percebi que, depender apenas de ofertas de emprego tradicionais não era sustentável para mim a longo prazo. Não estava a conseguir e até comecei a dar algumas aulas de piano para ter algum rendimento.
A certa altura decidi, juntamente com uma colega, arriscar e criar o nosso próprio negócio, na área da Conservação Preventiva.
Começámos a oferecer serviços nesta área e o nosso incrível mentor nessa altura, o Dr. Mário Brito, sugeriu-nos que começássemos a dar workshops de Conservação.
Durante vários anos organizámos dezenas de workshops sobre vários temas e por todo o país.
A certa altura, convidaram-nos para criar conteúdo para cursos online. Foi quando percebemos que esta era uma excelente forma de partilhar os nossos conhecimentos mesmo com quem está fisicamente mais longe. E – cereja no topo do bolo – obter um rendimento com essa partilha de conhecimentos.
Atualmente estou focada em dar sobretudo formação online. Os meus cursos chegam a todo o mundo e permitem-me ter autonomia e muita flexibilidade no trabalho.
Resumindo, aqui estão as várias fases por que passei até chegar aos cursos que atualmente ofereço (espreite os meus cursos aqui):
1º– Testei workshops sobre vários temas e percebi aqueles que tinham mais procura,
2º– Aprofundei os meus conhecimentos nessas áreas,
3º– Passei a oferecer sobretudo formação online, na maioria dos casos pré-gravada, o que permite que mais gente tenha acesso aos meus conhecimentos, ao seu próprio ritmo e em qualquer lugar.
Como começar a empreender na área do património
Se por acaso já andava a pensar em criar o seu próprio caminho nesta área ou se deixei agora aí um bichinho, aqui ficam algumas sugestões de como começar:
1º– Explore diferentes formatos – pode dar formação, oferecer consultoria, criar um blog, um canal de YouTube ou até um podcast. Quantos mais, melhor!
2º– Invista na sua marca pessoal – Cuide da forma como se apresenta ao mundo. Ter uma página por exemplo no LinkedIn, no Instagram, no Facebook ou um site próprio são ferramentas poderosas para se conseguir mostrar como especialista na sua área.
3º– Não tenha medo em começar pequeno – Muitas vezes, adiamos os nossos projetos à espera das condições perfeitas. Mas a verdade é que é melhor começar com o que tem e ir melhorando e crescendo pelo caminho.
4º– Crie uma rede de contactos – As oportunidades aparecem através das pessoas. Participe em eventos, conferências e fóruns, junte-se a associações e partilhe ideias com a sua família, amigos, e outros profissionais da área do património.
5º– Crie cursos com base no seu conhecimento – Sinto sempre que há pelo menos um curso online dentro de cada um de nós à espera que o tornemos um realidade. Mas para isso é preciso alguma coragem, perseverança e trabalho.
Sei que muita gente pensa: “Mas o que é que eu vou ensinar?” ou “Há quem saiba tão mais do que eu!”.
É normal. Sobretudo nós, mulheres, sentimos sempre que “não sabemos o suficiente” para ensinar outras pessoas. Mas há sempre alguém que sabe menos do que nós e que poderia beneficiar muito com o nosso conhecimento!
Se já tem experiência na sua área, por que não transformá-la num curso? É uma excelente forma de partilhar conhecimento e, ao mesmo tempo, gerar algum rendimento.
Eu uso há vários anos a plataforma Thinkific para criar e vender os meus cursos online. É uma ferramenta muito intuitiva. Se quiser experimentar GRATUITAMENTE, registe-se aqui e comece já a criar o seu primeiro curso.
Veja aqui como usar o Thinkific para criar os seus cursos online: https://try.thinkific.com/0nxqh9a1tp4c
Em jeito de conclusão queria reforçar que, se tem paixão pelo que faz e está disposta a inovar, há espaço para si.
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- Que ideias empreendedoras já lhe passaram pela cabeça?
- Já começou a criar alguma coisa? Se sim, como está a correr?
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E se achar que posso ajudar de alguma forma, diga-me também! ADORO pessoas empreendedoras!
